Com sua direção e roteiro assinados por Alfonso Cuarón, Roma conta a história de uma empregada doméstica indígena que trabalha em uma casa de classe média na Cidade do México nos anos 1970. O filme é uma homenagem às mulheres que trabalham em casas de família e uma reflexão sobre a hierarquia social e racial que ainda existe no México e em muitos outros países.
Desde sua estreia no Festival de Veneza em agosto do ano passado, Roma tem sido uma sensação entre a crítica especializada. O filme foi ovacionado em todas as exibições e recebeu a prestigiosa Palma de Ouro no festival de Cannes. Além disso, Roma foi escolhido pela Academia Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas para representar o México na categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar.
Não é à toa que Roma é o favorito para levantar a estatueta dourada em fevereiro. O filme é uma obra-prima da direção cinematográfica, com uma fotografia impressionante em preto e branco e uma trilha sonora emocionante. Além disso, a atuação das atrizes Yalitza Aparicio e Marina de Tavira é simplesmente extraordinária.
Mas Roma não é apenas um filme belo e comovente. Ele também é importante porque resgata a história e a memória de pessoas que muitas vezes são marginalizadas e esquecidas pela sociedade. Alfonso Cuarón usa sua narrativa cinematográfica para nos mostrar a beleza e a complexidade das relações humanas, bem como para nos alertar sobre os perigos do autoritarismo e da desigualdade.
Por isso, é difícil imaginar que outro filme possa superar Roma na corrida pelo Oscar de melhor filme estrangeiro. Embora seja verdade que a concorrência é forte, com obras igualmente impressionantes como Shoplifters (Japão) e Cold War (Polônia), parece que a Academia já escolheu seu favorito. Resta esperar até o dia 24 de fevereiro para ver se Roma realmente levará para casa a estatueta dourada.
Em resumo, Roma é um dos melhores filmes que o cinema mexicano já produziu e merece todos os prêmios e elogios que tem recebido. É um filme emocionante, importante e inspirador, que nos faz refletir sobre o poder da arte e sobre a beleza da vida. Não perca a oportunidade de assistir a essa obra-prima do cinema contemporâneo.
